Sorri diante da perspicácia de Marina.
— Posso continuar? — Perguntei virando a próxima folha.
— Claro que sim. Agora quero saber tudo.
— Então não me interrompa.
— Não dá! Esse cara me dá nos nervos.
— Por quê?
— Pode chamar de instinto. Não confio nele.
— Ainda nem comecei a falar dele! Em que se baseia? Meramente no instinto ou tem algo mais?
— Não sei, Alberto. Tirando o fato de ele ser um homem extremamente bonito, tenho impressão de que vai aprontar alguma.
— Qual o problema em ser um homem bonito? — perguntei desconfiado — Desde quando a beleza define o caráter de um homem?
— Não define. Apenas não confio em homens bonitos. Eles sempre se julgam o máximo, sempre acham que todas as mulheres estão