O regresso à Mansão Halloway foi feito em um silêncio cortante. Cada rangido da carruagem, cada uivo do vento, parecia sublinhar a verdade aterrorizante: Sophia era uma convidada presa entre um monstro faminto e sua cúmplice.
Ao atravessarem os portões de ferro, Sophia sentiu o peso do olhar de Lady Margaret.
— Você está assustada, Sophia — disse a tia, a voz baixa, quase carinhosa, o que a tornava mais perturbadora.
— Eu estou assustada com a sua cumplicidade — retrucou Sophia, a voz firme, apesar do tremor nas mãos. — Você traz o sangue da família para cá. Ele me quer por causa de Diana.
— Ele não a quer, Sophia. Ele quer o que ela representa. A humanidade que ele perdeu. — Margaret suspirou, um som seco e antigo. — Se eu não o mantiver aqui, ele fará estragos na cidade. É um equilíbrio de séculos, minha cara. Um mal menor.
— Alimentá-lo com vidas inocentes é um mal menor?
— Em Ravenshore, sim! — Margaret elevou a voz, um lampejo de dor nos olhos. — Eu não escolhi isso. Fui a