O sol estava se pondo, tingindo o céu de Bangkok com tons alaranjados, vermelhos e dourados, como se o próprio universo estivesse ciente do peso das decisões que estavam por vir. O calor do dia se dissipava lentamente, mas a tensão no ar era palpável — densa, quase visível. As buzinas e o burburinho da cidade pareciam ecoar ao longe, como se o mundo estivesse em segundo plano para o que realmente importava: aquele momento.
Pravat e Bela estavam sentados na varanda do apartamento dele, observando o horizonte. As luzes da cidade começavam a se acender uma a uma, refletindo no rio Chao Phraya, que serpenteava com lentidão sob as pontes e prédios antigos. A brisa leve balançava os cabelos dela, e o silêncio entre eles era menos sobre falta de palavras e mais sobre a presença esmagadora da realidade.
Eles estavam mais próximos do que nunca — mais conectados em sentimentos, em propósito, em medo. Mas, como ambos sabiam, isso não significava que estivessem a salvo. O tempo parecia conspirar