7 meses depois…
A casa estava em silêncio até as três e meia da manhã, quando um grito cortou o ar.
— RICARDOOOOO!
Ele pulou da cama como se tivesse ouvido um alarme de incêndio.
— Foi a bolsa? Você está sentindo dor? Você quer sorvete? Água? Um Uber?
— Eu quero que você pare de fazer perguntas e me leve pro hospital!
Ricardo tropeçou nos chinelos e correu pegar a bolsa da maternidade que, claro, ele mesmo havia esquecido de arrumar.
— Onde estão os documentos? As roupinhas? O… o álcool gel?!
— Esquece o álcool gel! Esquece o mundo! Leva esse bebê antes que eu te arranque a cabeça!
Durante o trajeto, Rosa respirava com força, apertando o braço dele.
— Quando eu te conheci, você me humilhou na frente da empresa… agora olha aí… pagando com juros e contrações!
— Eu mereço… eu mereço…
— Merece sim! Mas se esse bebê puxar você, eu peço DNA no hospital!
No pronto-socorro, Ricardo correu com a cadeira de rodas enquanto gritava:
— VAI NASCER! É URGÊNCIA! É UMA LUNA EM ÓRBITA!
A enfermeira ape