O carro preto aguardava na entrada do hotel, o motor ligado, pronto para levá-los de volta à cidade. Os outros funcionários já haviam partido em veículos separados, deixando apenas Arthur e Lívia para o último trajeto.
Quando ela se aproximou, Arthur abriu a porta do banco traseiro e esperou que ela entrasse. Sentou-se ao lado, mantendo uma distância formal, mas não tanta que impedisse que o calor de seus corpos se misturasse no espaço fechado.
O motorista deu partida, e o silêncio inicial foi preenchido apenas pelo som constante da estrada e pelo leve ronco do motor. Lívia manteve o olhar na janela, observando as árvores passarem rapidamente, tentando ignorar a presença marcante dele ao seu lado.
Arthur foi o primeiro a quebrar o silêncio.
— Sobre o que aconteceu mais cedo… com Beatriz. — A voz dele estava baixa, mas carregada de firmeza. — Imagino que você tenha ficado com perguntas.
Ela desviou o olhar para ele, tentando disfarçar a curiosidade. — Eu… não é da minha conta, Art