A porta giratória do hotel se moveu atrás de nós enquanto atravessávamos o saguão com passos apressados e totalmente suspeitos. Caio tentava conter a risada, mas cada vez que olhava pra mim, tropeçava nela de novo.
— A culpa é sua! — sussurrei entre dentes, apertando o passo, rindo junto. — Quem é que perde a hora num hotel de luxo porque não consegue… parar?
— Ué, a culpa não é minha se você é irresistível — ele rebateu, piscando. — Você quem começou com aquele olhar distante e mordidinha no lábio…
A recepcionista, elegantemente séria atrás do balcão, levantou os olhos quando nos aproximamos. Ela segurou o sorriso de um jeito que só tornou tudo mais embaraçoso — e mais engraçado ainda.
— Tenham um ótimo dia, senhor e senhora — disse ela, profissional. Mas seus olhos brilhavam de pura diversão contida.
Caio respondeu com um aceno pomposo de cabeça, como se estivéssemos saindo de um castelo real e não fugindo de um checkout atrasado.
Assim que as portas do elevador se fecharam atrás de