Acordei antes dele. O quarto ainda estava escuro — não havia janelas grandes por onde a luz do sol pudesse entrar e nos obrigar a levantar. Estava silencioso, e Caio dormia com o braço jogado sobre minha cintura, a respiração calma, o peito subindo e descendo devagar.
Fiquei ali por alguns minutos, só observando. Aquela tranquilidade dele — tão diferente da imagem que os outros viam — me fazia querer permanecer naquele instante por horas.
Mas meu estômago roncou antes disso.
Com cuidado, deslizei para fora da cama e fui até a cozinha. Preparei um café simples, mas caprichado: ovos mexidos, torradas, suco e uma cafeteira cheia. Estava terminando de arrumar a mesa quando ouvi passos atrás de mim.
— Tem certeza que não quer casar comigo? — a voz sonolenta e rouca de Caio fez meu corpo se arrepiar.
Virei de leve, sorrindo.
— Ainda tô pensando na proposta. — brinquei. — Vai depender de como se comportar hoje.
Ele se aproximou, ainda descalço, com o cabelo bagunçado e os olhos