A luz da manhã filtrava-se pelas cortinas de linho branco, suave como um carinho. Os lençóis ainda estavam quentes, bagunçados entre nossos corpos entrelaçados. Eu despertei antes dele, com a cabeça no peito de Caio, ouvindo o som ritmado da respiração tranquila dele, como se o mundo lá fora não existisse — e talvez, por algumas horas, realmente não existisse.
A mão dele estava na minha cintura, firme, possessiva mesmo dormindo. Sorri sozinha. O braço dele era como uma âncora que me prendia àquele momento, e eu não tinha intenção de sair dali tão cedo. Me mexi devagar, beijando seu peito, bem onde o coração batia. Caio soltou um suspiro rouco, ainda entre o sono e a consciência, e sorriu sem abrir os olhos. — Se esse é o jeito que você pretende me acordar sempre… — murmurou, a voz rouca de manhã. — Pode continuar. A vida inteira. — Hm… talvez eu cobre um preço depois. Ele abriu os olhos, ainda lentos, ma