Lizandra
O silêncio dentro da limusine é quase esmagador. O som do motor é um zumbido distante, abafado pelo peso da expectativa no meu peito. Minhas mãos estão trêmulas sobre o vestido impecável, e cada batida do meu coração parece ecoar dentro do carro luxuoso. Hoje não é apenas o dia em que me torno oficialmente uma Lambertini, mas o dia em que selo para sempre o meu destino ao homem que amo. David. O nome dele é um sussurro constante nos meus pensamentos.
Ao meu lado, o meu pai, Dante, está tão emocionado quanto eu. A linha forte de sua mandíbula treme levemente enquanto ele segura minha mão com firmeza, como se quisesse me proteger até o último segundo. Um brilho prateado escapa do canto de seu olho, mas ele rapidamente limpa a lágrima teimosa.
— Você está deslumbrante, minha filha. — a voz dele quebra o silêncio, rouca, cheia de amor e um toque de dor.
— Parece um anjo.
— Pai... — Meu peito aperta ao vê-lo tão vulnerável. Ele sempre foi meu herói, minha fortaleza, mas hoje, ele