Um mês depois
David
A música explode pelos alto-falantes, uma batida vibrante que parece sincronizar com os corações pulsantes ao meu redor. As luzes coloridas dançam pelo salão luxuoso, refletindo nos copos erguidos, nos sorrisos escancarados e nas lágrimas emocionadas de quem finalmente chegou ao fim de mais um ciclo. Hoje não somos herdeiros, não somos mafiosos, não somos soldados. Hoje somos apenas jovens comemorando uma conquista. Hoje sou apenas David Lambertini, formando em Administração de Empresas.
Olho ao redor, absorvendo cada detalhe. Lizandra está radiante, mesmo sem a taça de champanhe que todos carregam. A gravidez a impede de beber, mas não de sorrir, de rir, de brilhar. Seu vestido vermelho molda sua figura com elegância, enquanto sua mão pousa sutilmente sobre a barriga, um gesto instintivo que me faz querer puxá-la para perto e nunca mais soltar.
— Estamos formados — ela diz, os olhos brilhando, a voz embargada de emoção.
— Conseguimos meu amor.
— Conseguimos — rep