Darlan
A betoneira parada no pátio me faz pensar e uma ideia sórdida cruza a minha mente, mas engulo o pensamento por enquanto, há tempo para tudo. Primeiro, vamos nos divertir.
Os quatro frouxos estão diante de mim, suando, tremendo, e tentando manter uma pose que já desmoronou há tempos. Aníbal, José, Enrico e Delfin, todos ladrões, traidores que tiveram a audácia de roubar da máfia, os Lambertini. E ainda tiveram o desplante de tentar envolver a Sílvia, achando que ela era só uma estagiária inocente, sem saber que era a minha mulher.
Meu sangue ainda ferve ao lembrar das palavras nojentas de Aníbal sobre ela. O cheiro de medo deles me excita mais do que qualquer coisa.
— Derick, resolve isso — digo, a voz mais controlada do que sinto.
— Se alguém falar de Sílvia de novo, eu dou um tiro na cabeça!
Saio da sala, deixando a raiva borbulhando dentro de mim. Encontro Sílvia encostada na parede do corredor, pálida e tensa. Seus olhos estão arregalados, ela ouviu tudo.
— Você nunca fez n