Conteúdo sensível
David
Sheron me lançou um olhar rápido antes de sair, ciente de que esta noite seria diferente. Aciono o painel de segurança que só é aberto com impressões digitais cadastradas, apenas, eu, Darlan, Derick e o don.
Logo é revelada a entrada camuflada para o subsolo. Darlan me segue. A tensão no ar é palpável, e o som dos nossos passos ecoa pelas paredes estreitas do corredor, como o prenúncio de algo terrível.
Ao entrar na sala, o cheiro metálico de sangue seco mistura-se ao pavor emanado de Alfred Caruso. Está amarrado na cadeira, o corpo já maltratado, os joelhos estourados. O capuz cobre o rosto, mas seu medo quase transborda.
Darlan, sempre meticuloso, remove o capuz com um gesto firme. O rosto de Caruso é a perfeita personificação do pânico. Ele tenta falar, tenta justificar, mas suas palavras soam como desculpas patéticas.
— Você sabe o que me irrita mais do que traição, Caruso? — digo, me aproximando lentamente.
— A estupidez. Achar que pode roubar de mim e