Don VittorioHá um momento na vida de todo homem poderoso em que ele percebe que o poder, por mais absoluto que pareça, é efêmero. Hoje, enquanto observo a luz suave da manhã atravessar as cortinas pesadas do meu escritório, sei que esse momento chegou para mim. O anel em meu dedo é o símbolo máximo da liderança da máfia, hoje parece mais pesado do que nunca. Não por causa do ouro, mas pelo legado que carrega.David. Meu primogênito. Meu herdeiro.Chamo-o ao meu escritório. A porta se abre de forma contida, e ele entra com aquele porte que sempre teve, misto de confiança e cautela. Não é um homem qualquer. É um Lambertini. E não apenas isso, é o homem que governará no meu lugar.— Pai? — A voz de David é firme, mas há algo nos olhos dele. Uma interrogação silenciosa.Levanto-me lentamente, sentindo cada momento do meu reinado pesar sobre meus ombros. Atravesso a sala, pegando uma garrafa de uísque, mas não bebo. Apenas encaro o líquido âmbar, como se buscasse respostas ali.— Chegou a
Don VittorioO poder não é dado, é tomado. E quando você o possui, não há espaço para dúvidas, apenas movimentos calculados.David já está pronto. Casou-se, e logo será pai. Tenho observado seu crescimento em silêncio, testando sua força, sua lealdade, sua capacidade de liderar. Agora, não há mais razões para adiar. Ele já atua como chefe, mesmo sem a cerimônia. Mas isso muda hoje.Pego meu telefone, a decisão já martelando em minha cabeça. A posse será marcada o quanto antes, e todos os que precisam saber, saberão.Primeiro, faço uma ligação direta para Maíra, eficiente como sempre.— Don Vittorio — sua voz firme ecoa do outro lado da linha em segundos, como se ela estivesse esperando a minha ligação. — O que o senhor deseja?— Prepare tudo para a posse de David. O mais breve possível. Quero todos os membros do conselho presentes. Envie os convites formais, mas garanta que a informação circule nos canais certos. Precisamos que isso ecoe, Maíra.— Entendido. Um evento discreto ou alg
Dias depoisDerickO silêncio é ensurdecedor. Meu quarto parece menor do que nunca. As paredes me oprimem, o ar é pesado, e cada segundo que passa sem respostas é como uma faca girando nas minhas entranhas. O único som é o estalar dos meus dedos enquanto cerro os punhos repetidamente, tentando conter a fúria que me consome.Hello Kitty.Esse maldito nome está gravado na minha mente como uma tatuagem ardente. Quem karalhos assina mensagens assim? Um psicopata? Um hacker debochado? Ou alguém que quer brincar comigo até me ver despedaçado?O último recado ainda pisca na tela do meu celular."Que fofinho… você vai ser papai! Beijinhos de luz. 🐱💖"Sigo lendo aquela porrah repetidamente, o sangue pulsando nas têmporas. Não bastasse isso, a ultrassonografia anexada escancara a realidade que estou tentando digerir há horas: embrião de seis semanas.**Meu filho, o meu primeiro filho ou filha.Nara está carregando o meu filho, e quem quer que seja esse desgraçado ou desgraçada, sabe disso ant
DavidA ansiedade corrói minha alma como um veneno silencioso. Amanhã, finalmente, serei empossado como Don, o título que desejei desde que tinha dez anos, mas que agora parece pesar toneladas em meus ombros. Cada batida do meu coração ecoa como um tambor de guerra, um lembrete constante de que estou a um passo de cruzar a linha entre o herdeiro preparado e o líder absoluto da máfia argentina. Não consigo pensar, não consigo respirar, e só há uma pessoa no mundo capaz de aliviar essa tormenta dentro de mim: Lizandra, sem pensar duas vezes ligo para a minha secretária.— Nina, cancele tudo — digo, a voz firme, embora uma faísca de urgência transpareça.— Tudo, senhor? — ela pergunta, hesitante.— Tudo. É uma ordem!Finalizo apenas um contrato e minutos depois, estou em casa. Entro como um furacão, as portas batem, meus passos ressoam pelo hall. Lizandra aparece na sala, os olhos arregalados, uma mão protetora instintivamente repousa sobre a sua barriga, onde nossas filhas crescem. M
DavidQuem me conhece sabe que essa posse era tudo que eu queria desde os meus 10 anos de idade. Não que esteja velho, hoje tenho 22 anos, mas em alguns momentos me comporto como alguém bem mais velho, reconheço. Isso vem da grande responsabilidade que sempre carreguei comigo, não só sobre minha vida, mas sobre a de pessoas próximas, parentes e todos que trabalham para mim. Sempre tive que responder e resolver por mim e pelos outros. É natural estabelecer um comportamento maduro quando o peso do destino de uma máfia inteira repousa nos seus ombros.Chegou a hora. O evento mais esperado da minha vida!Desde que descobri que faço parte da máfia, fui preparado para ser Don. Era um destino que sempre esteve próximo, mas ao mesmo tempo inalcançável, como uma coroa invisível pesando sobre a minha cabeça. Finalmente, estou aqui.Sinceramente, não vejo a hora de tomar posse. Sei que Don Vittorio conduzirá a cerimônia, pois a posse é feita de Don para Don, exceto em casos especiais. Mas uma c
DavidEsse o o início do meu legado, e a partir de agora, a nossa família sera regida a minha maneira.Faço uma pausa, absorvendo a atenção presa de todos.— Com imenso prazer, anuncio o novo capo da máfia argentina: Darlan Lambertini.Aplausos. Meu irmão me encara com um brilho raro nos olhos. Darlan se levanta, ajeitando o paletó e se aproxima de mim, aceitando seu novo papel. Ele sorri com aquele brilho característico nos olhos, um misto de orgulho e desafio.Darlan sempre foi um homem de poucas palavras, mas agora ele pega o microfone.— David, eu sempre soube que esse momento chegaria… mas confesso que não esperava ser nomeado capo. — Ele faz uma pausa, encarando a multidão. — Juro lealdade ao novo Don, ao nosso nome e a esta máfia. Vou manter nossa família no topo. — Ele sorri de lado. — E prometo que não vou deixar essa coroa pesar na sua cabeça, David. — Ninguém toca em você, ou na sua família sem passar por mim.Um burburinho percorre a sala. Don Vittorio faz um leve aceno
AliceO galpão abandonado nos envolve como um cálice de segredos, escondendo-nos do mundo lá fora, é um refúgio onde o proibido ganha vida. Assim que a porta se fecha, o ar entre nós crepita com eletricidade. Estamos aqui, depois de meses separados, e o desejo acumulado é uma fera solta. Meu coração dispara quando vejo Leyan e Luan nos encarando com aquele olhar predador que faz minha pele arrepiar. Sinto Alicia ao meu lado, e a presença dela me encoraja. Estamos prontas para explorar, sem medo. Queremos isso. Queremos eles.Meu coração bate acelerado, e o calor se espalha pelo meu corpo quando a porta se fecha, selando nossa bolha de desejo contido por tempo demais. A pouca luz atravessa a janela quebrada, iluminando o brilho feroz nos olhos dos gêmeos Lopez. Sinto o olhar de Luan percorrer cada centímetro do meu corpo como se me despisse com os olhos, e isso só faz com que eu queira que ele o faça de verdade.— Senti saudade de você... — minha voz sai mais como um suspiro do que com
Alice O poder de saber que posso dar prazer a ele é intoxicante. Quero mais, muito mais. Quero tudo.Luan murmura o meu nome quando a sua respiração se torna irregular. Seguro seu olhar, provocando, testando os seus limites. Seu corpo treme, e quando ele geme meu nome em agonia, sinto a onda de satisfação me percorrer e quando ele se desfaz na minha boca, bebo até a última gota, enquanto seu pau duro ainda pulsa sob o toque tímido da minha língua. Alicia também não recua e suga até a última gota de Leyan. O som abafado de nossa entrega enche o espaço, tornando tudo ainda mais intenso.Quando Luan se recupera, as suas mãos deslizam pela minha barriga, descendo com uma lentidão torturante até a minha intimiidade. Seu toque é quente, envolvente, e eu me entrego a ele sem hesitação. Seu olhar escuro me devora, enquanto seus dedos exploram meu desejo evidente.— Alice... você está tão molhada... — Sua voz é quase um ronronar contra a minha pele.Seus dedos deslizam em meu corpo com precis