A voz de Teófilo soava como um chamado mortal. O telefone estava ao seu ouvido, e ele conseguia ouvir os passos apressados do jovem correndo.
"- Cláudia, por favor, não cometa nenhuma loucura. Onde você está?"
- Pare, Dario, pare! - Gritava Ademir, exausto.
O jovem, de repente, parou e disse:
"- Acho que ouvi algo. Você ouviu?"
"- Agora não é hora para isso, ainda não encontramos minha irmã."
"- É verdade."
O jovem saltou a cerca, pensando que Cláudia estivesse do outro lado, mas ao chegar lá, percebeu que não havia ninguém.
O local onde ele estava agora tinha apenas uma plataforma de quinze centímetros de largura, e um pequeno descuido poderia fazê-lo cair do quinquagésimo andar e se espatifar no chão.
O jovem ainda não havia percebido que algo estava errado:
"- Não tem sua irmã aqui, você se enganou?"
A expressão do homem subitamente ficou sombria, quase diabólica:
"- Não há erro. Eu nunca tive uma irmã. Desde o início, a pessoa que eu estava procurando era você."
O jovem, que nunca