Para pessoas como ele, a morte e a dor não são temidas, apenas o medo de perder a consciência o perturba.
A luz intensa brilhava no rosto de Ademir, evidenciando o suor espesso que cobria sua testa.
Quando a injeção gelada perfurou sua pele, foi como se uma formiga o tivesse picado, embora as veias em suas mãos se destacassem enquanto ele cerrava os punhos, lutando para se libertar.
Teófilo o observava com frieza:
- Você vai falar agora ou vai falar sem dignidade em breve? Para quem você tem trabalhado todos esses anos? Quem te mandou machucar meu filho e a Paty? Pela nossa profissão, eu poderia permitir que você morresse com dignidade.
Ademir engoliu em seco:
- Pode esquecer, mesmo que você me mate, eu não vou falar. Essa tática pode enganar outros, mas não a mim.
Ele tinha uma forte consciência contra vigilância e sua resistência psicológica era muito superior à das pessoas normais.
- Muito bem, eu tenho todo o tempo do mundo para esperar o efeito da droga. - Teófilo voltou a seu as