Patrícia permaneceu imersa, perdida em pensamentos sobre Teófilo.
De repente, uma voz surgiu atrás dela:
— Você aprecia este tipo de roupa?
Patrícia se virou, assustada, os olhos arregalados como os de um coelho.
Os dedos frios levantaram seu rosto e um corpo ainda úmido se aproximou, o hálito quente do homem se espalhando por suas bochechas.
Matheus comentou de repente:
— Seu rosto pode ser comum, mas esses olhos são bastante expressivos.
Os olhos, a única coisa em seu rosto que ela não poderia mudar, eram grandes e luminosos, realçados por cílios longos e espessos, que certamente embelezavam sua aparência ordinária.
A proximidade deixou Patrícia nervosa, ela estendeu a mão, tentando afastá-lo, tocando seu peito desnudo.
Sob a palma da mão, ela sentiu os músculos firmes do homem e, antes que pudesse reagir, Matheus a puxou pela cintura e a pressionou contra a prateleira do armário.
— O que você está fazendo? — Perguntou Patrícia, irritada e olhando ele nos olhos com descontentamento.