Patrícia havia acabado de terminar uma videochamada com Frederico quando o telefone de Teófilo tocou.
Há mais de meio mês sem contato, ouvir sua voz foi um alívio para ela:
— Paty.
Do outro lado da linha, um vazio acompanhado pelo assobio do vento gelado.
— Estou aqui. — Respondeu Patrícia, pensando em perguntar onde ele estava, mas, considerando que ele poderia estar em alguma missão militar secreta, decidiu não perguntar.
— Sentiu minha falta? — A voz de Teófilo estava rouca, provavelmente porque estava em uma região extremamente fria.
Patrícia, que já havia visitado lugares assim algumas vezes, sabia como até respirar o ar gelado parecia explodir os pulmões.
— Estou bem.
— Paty, você não é nada fofa. Diferente de você, eu sinto muito a sua falta.
A voz rouca, de alguma forma, adicionava um charme masculino que fazia o coração de Patrícia derreter.
Ela já não era mais como antes, quando não podia ver Teófilo e sentia uma saudade constante dele. Agora, ela tinha muitas coisas para