LI. O Eco Solitário da Besta Interior
A notícia da presença de caçadores rondando o território de Lilith pairou sobre a cabana como uma sentença silenciosa, intensificando a atmosfera de apreensão que já sufocava o pequeno grupo. A urgência de encontrar um novo refúgio tornou-se palpável, mas a liderança de Dominic permanecia hesitante, sua mente ainda presa nas garras da culpa e do isolamento. Em uma manhã fria e cinzenta, após uma noite de insônia agitada, em um impulso que sabia que não teria em outro momento se não naquele, sua voz soou rouca e distante.
— Eu preciso… preciso de um tempo. Eu preciso ir.
Suas palavras atingiram Serena como um golpe físico, ecoando o medo que já se aninhava em seu coração. Ele estava se afastando novamente, se refugiando em sua solidão, deixando-a sozinha para enfrentar a fragilidade de sua condição e a incerteza do futuro que carregava em seu ventre. A breve conexão da noite anterior parecia ter se esvaído, engolida pela escuridão que o consumia.
— Dominic, não… — ela implorou, sua voz