— Anne?! Acorda! Escuto Jereh me chamando com calma, abro os olhos e ele está arrumado. — Que horas são? Me espreguiço. — Sete, mais hoje é aniversário de Bruno e tenho uma surpresa para ele. Como assim hoje é aniversário de Bruno? Como ele não me contou? Como assim? Fico encarando Jereh. Sem entender nada. — Vamos! Levanta e se ajeita, quero estar na mesa do café antes dele acordar. Mesmo desnorteada me levanto e vou para o banheiro, tomo banho, escovo os dentes, penteio o cabelo, coloco uma roupa e desço para a cozinha, Jereh já estava lá. Assim que saio do quarto dou de cara com Bruno. — Pronta? Ele pergunta sussurrando. — Por que não me falou que hoje era seu aniversário? Pergunto baixo. — Não gosto de comemorações... Está pronta? Ele pergunta novamente Balanço a cabeça dizendo que sim e descemos as escadas. Na mesa tinha um big café da manhã, Bruno franze a testa sem entender nada, Jereh está sentado a mesa com um sorriso no rosto. — Parabéns! Ele diz mostra
—O que faz aqui? Tá maluco? Saí daqui! Digo apavorada. — Precisamos conversar! — Não Bruno! Saí! Jeremias pode entrar aqui a qualquer momento! — Deixa ele nos vê juntos, é bom que acabamos com tudo isso logo! — E quem disse que quero que acabe? Digo cruzando os braços e Bruno passa a mão no rosto nervoso. — Temos um acordo Anne, esqueceu? — Da mesma forma que você esqueceu de me contar sobre sua namorada! — Ex! Ex namorada! E ela já era ex antes de nos conhecermos pessoalmente. Fico quieta, como sempre eu não sabia como agir. — Vocês iam casar! Droga, Bruno! Choro. — Isso é coisa da cabeça de Jeremias, claro que ela planejava um dia casar, ter filhos, essas coisas, mas não eram planos para agora e nem planos meu! — Acho melhor deixarmos isso pra lá, resolve seus assuntos com ela. — Não vou deixar pra lá, nada! — Anne! Abre a porta! Era a voz de Jeremias, eu não sabia o que fazer. — Saí pela janela! Digo nervosa. — Não! Não vou sair, vamos contar pra ele... — Não
Sheik... Minha cabeça estava a mil, minha vontade era de matar aquela filha da puta, mais meu amor por ela era tão grande que eu seria incapaz de fazer qualquer mal a ela. Depois de deixar Ju em casa eu precisava pensar, então fui no novo refúgio que tem aqui no morro. — Fala aí chefe! Um dos seguranças do local me cumprimenta. — Fala aí! Desenrola pra mim a mais gata! — Claro chefe... Suellen, vem aqui! Ele chama uma loira. Ele diz quem eu sou e seguimos para o quarto. Me sento na cama e ordeno. — Tira a roupa! Ela não hesita, começa a tirar a roupa, mas eu não estava excitado com aquilo, pelo contrário, eu não queria que ela tirasse a roupa pra mim, mas o que vinha na minha mente era a minha mulher tirando a roupa para outro. Acho que a tal Suellen percebe que eu não estou afim, e começa a puxar assunto. Pego uma garrafa de whisky que tinha ali no quarto e começo a beber, conto para Suellen tudo que estava acontecendo, até que ela era uma boa ouvinte, não dava opinião,
A galera estava no pagode, estávamos em um canto, tinha uma mesa alta e alguns bancos ao redor. Nick, Nathy, Estevão, caveira e outros moleques com suas esposas estavam lá também. O papo rolava solto, geral ria, o ambiente estava legal, apesar de Nathy me olhar hora ou outra de cara feia... — Então você chamou a puta pra almoçar? Caveira diz zoando Estevão! — A mina é gente boa, foi só um convite de amigo, mas ela não aceitou. Ele se defende. — Oi pessoal, boa noite... Olho para a voz e vejo verônica parada ao meu lado, fazendo o ambiente ficar em silêncio. Nathy olhava ela de cara feia. — Boa noite. Geral responde, claro que eu, Nathy e Nick não respondemos. Ela puxa um banco e sem ser convidada já senta ao meu lado. Uma conversa sobre crianças se inicia, Nathy de cara feia ignora completamente ela e conversa com outras meninas, verônica entra no assunto falando sobre as crianças do colégio. — Minhas crianças são tranquilas, claro que sempre tem um mais agitado que o o
Ju... Depois da minha discussão com sheik ontem decidi dormir com a lua, ela não estava bem então uni o útil ao agradável. Acordei cedo e lua já não estava mais com febre, hoje preferi não enviar ela para a escola, fui no meu quarto e sheik já não estava mais, Jr também não estava, provavelmente estava com dona Simone. Tomo um banho, pego meu telefone e marco com um pediatra amigo da minha mãe de vir aqui olhar lua. Desço as escadas a procura de sheik mas realmente ele não estava, só Jr e dona Simone mesmo. Resolvo ligar pra ele. “Oi, aconteceu alguma coisa?” Ele pergunta assim que atende o telefone. “Não, você saiu cedo hoje...” Questiono. Sheik nunca saía antes de falar comigo e hoje ele saiu, as coisas realmente não estavam boas. “ Tive que resolver uns problemas...” “Daqui a pouco um médico conhecido da família vai vir aqui, autoriza a entrada dele, ele vai dá uma olhada na lua pra mim.” “Ela não melhorou ainda?” “Não teve mais febre, mas ainda está caidinha e quero s
Fiquei um bom tempo no banheiro chorando e pensando em como eu fui burra de acabar com a minha vida, quer dizer... Eu só tenho 19 anos, tenho dois filhos e só tenho o ensino médio, não tenho uma profissão, não sei cozinhar, nem habilitação tenho, como vou conseguir sozinha? Lavo o rosto e decido viver um dia de cada vez, hoje eu curtiria meus filhos e depois penso no amanhã. Nosso dia foi mimando a Lua, colocamos nosso colchão na sala, colocamos o filme dela preferido e assistimos nos enchendo de muita pipoca, chocolate e refrigerante. Lua ria, comentava sobre o filme, tacava pipoca no pai que ria lindamente e fazia cócegas nela, lua gargalhava de felicidade e eu com um choro travado na garganta sabendo que essa seria a última vez da nossa família assim, sorria escondendo tal sentimento. Sheik me olha, dou um sorriso forçado pra ele, mas ele me conhece muito bem, sabe a força que estou fazendo para não desabar. — Socorro mamãe... Lua gritava rindo das cócegas que o pai ainda fazi
— Mãe, a senhora sabe onde está meu celular? Lua anda pela casa igual uma doida atrás do aparelho. — Não, você não deixou no seu quarto. Respondo enquanto brinco no tapete com Jr. — Já procurei lá, mas não achei... — Pera aí, vamos vê a localização dele. Pego meu celular e mexo em um app que baixei para rastrear o telefone dela, iríamos nos mudar então eu queria saber cada passo dela quando não estivesse ao meu lado. — Ué, aqui diz que está na rua 9... Você esqueceu no carro do seu pai? A rua nove era o escritório do pai dela, a boca principal. — Então foi quando ele me buscou na escola, pede ele pra trazer pra mim. Ligo para o sheik, mas ele não atende então resolvo ir buscar... Deixo as crianças com Simone e vou até a boca, mas quando viro a rua já vejo sheik sentado no capô do carro e verônica a sua frente conversando, eles não estavam agarrados, nem tão próximos, estavam conversando normal, como um conhecido, mas ele ria e aquilo me incomodou. Ela me olha, abre um sorr
Vejo a casa dela e sigo igual um furacão, assim que chego próximo ao portão dela sheik me segura. — Ju, a mãe dela está doente! — Estou pouco me fodendo! Ela não pensou na mãe quando se meteu na nossa vida, não pensou nos nossos filhos! Não pensou que se você fosse um psicopata lunático poderia ter me matado, então estou me fodendo pra mãe dela! Bato no portão com força e uma senhora abre o mesmo. — Pois não... Ela nem termina de falar e eu já saio entrando portão a dentro, vejo verônica sair de um cômodo quando entro em sua sala. — Tá maluca, porra! Minha mãe tá doente! Ela diz nervosa. — Você sabia que minha filha também ficou doente por que você se meteu em algo que não foi chamada? — Não, Jhudy! Aqui não! Ela implora. Olha para a mãe dela que me olha sem entender nada e me dou conta de que realmente não vale a pena essa briga, se sheik não está preocupado, se meu relacionamento com ele já acabou mesmo, por que se humilhar tanto? E de toda forma, ela tem razão, tudo ac