Acordei por volta das 8 da manhã, me espreguiço e abro os olhos, vejo Bruno sentado na mesa me encarando. — Bom dia. Ele diz me encarando. — Bom dia. Respondo com um meio sorriso, ele tinha pedido café da manhã, a mesa estava cheia de coisa. — Vem tomar café. Ele me chama e eu me levanto, vou no banheiro escovar os dentes e lavo o rosto, quando estou indo pra mesa reparo a mala dele pronta e perto da porta, reparo que ele está de banho tomado e arrumado, franzo a testa sem entender, mas ele não diz nada. Me sento a mesa e ele começa a me servir. — Suco ou café? Ele pergunta. — Suco! Ele coloca no copo e me entrega. — Pão ou torrada? Mais uma vez ele me pergunta, mas ele não está me olhando. — Só um pedaço de queijo minas, mais nada... Você vai embora hoje? Pergunto enquanto ele me entrega o prato com uma fatia do queijo. — Consegui uma passagem para mais tarde, vou te deixar na sua amiga e depois vou para o aeroporto, almoço lá e depois pego o voo. Abaixo a cabeça m
— Anne?! Acorda! Escuto Jereh me chamando com calma, abro os olhos e ele está arrumado. — Que horas são? Me espreguiço. — Sete, mais hoje é aniversário de Bruno e tenho uma surpresa para ele. Como assim hoje é aniversário de Bruno? Como ele não me contou? Como assim? Fico encarando Jereh. Sem entender nada. — Vamos! Levanta e se ajeita, quero estar na mesa do café antes dele acordar. Mesmo desnorteada me levanto e vou para o banheiro, tomo banho, escovo os dentes, penteio o cabelo, coloco uma roupa e desço para a cozinha, Jereh já estava lá. Assim que saio do quarto dou de cara com Bruno. — Pronta? Ele pergunta sussurrando. — Por que não me falou que hoje era seu aniversário? Pergunto baixo. — Não gosto de comemorações... Está pronta? Ele pergunta novamente Balanço a cabeça dizendo que sim e descemos as escadas. Na mesa tinha um big café da manhã, Bruno franze a testa sem entender nada, Jereh está sentado a mesa com um sorriso no rosto. — Parabéns! Ele diz mostra
—O que faz aqui? Tá maluco? Saí daqui! Digo apavorada. — Precisamos conversar! — Não Bruno! Saí! Jeremias pode entrar aqui a qualquer momento! — Deixa ele nos vê juntos, é bom que acabamos com tudo isso logo! — E quem disse que quero que acabe? Digo cruzando os braços e Bruno passa a mão no rosto nervoso. — Temos um acordo Anne, esqueceu? — Da mesma forma que você esqueceu de me contar sobre sua namorada! — Ex! Ex namorada! E ela já era ex antes de nos conhecermos pessoalmente. Fico quieta, como sempre eu não sabia como agir. — Vocês iam casar! Droga, Bruno! Choro. — Isso é coisa da cabeça de Jeremias, claro que ela planejava um dia casar, ter filhos, essas coisas, mas não eram planos para agora e nem planos meu! — Acho melhor deixarmos isso pra lá, resolve seus assuntos com ela. — Não vou deixar pra lá, nada! — Anne! Abre a porta! Era a voz de Jeremias, eu não sabia o que fazer. — Saí pela janela! Digo nervosa. — Não! Não vou sair, vamos contar pra ele... — Não
Sheik... Minha cabeça estava a mil, minha vontade era de matar aquela filha da puta, mais meu amor por ela era tão grande que eu seria incapaz de fazer qualquer mal a ela. Depois de deixar Ju em casa eu precisava pensar, então fui no novo refúgio que tem aqui no morro. — Fala aí chefe! Um dos seguranças do local me cumprimenta. — Fala aí! Desenrola pra mim a mais gata! — Claro chefe... Suellen, vem aqui! Ele chama uma loira. Ele diz quem eu sou e seguimos para o quarto. Me sento na cama e ordeno. — Tira a roupa! Ela não hesita, começa a tirar a roupa, mas eu não estava excitado com aquilo, pelo contrário, eu não queria que ela tirasse a roupa pra mim, mas o que vinha na minha mente era a minha mulher tirando a roupa para outro. Acho que a tal Suellen percebe que eu não estou afim, e começa a puxar assunto. Pego uma garrafa de whisky que tinha ali no quarto e começo a beber, conto para Suellen tudo que estava acontecendo, até que ela era uma boa ouvinte, não dava opinião,
A galera estava no pagode, estávamos em um canto, tinha uma mesa alta e alguns bancos ao redor. Nick, Nathy, Estevão, caveira e outros moleques com suas esposas estavam lá também. O papo rolava solto, geral ria, o ambiente estava legal, apesar de Nathy me olhar hora ou outra de cara feia... — Então você chamou a puta pra almoçar? Caveira diz zoando Estevão! — A mina é gente boa, foi só um convite de amigo, mas ela não aceitou. Ele se defende. — Oi pessoal, boa noite... Olho para a voz e vejo verônica parada ao meu lado, fazendo o ambiente ficar em silêncio. Nathy olhava ela de cara feia. — Boa noite. Geral responde, claro que eu, Nathy e Nick não respondemos. Ela puxa um banco e sem ser convidada já senta ao meu lado. Uma conversa sobre crianças se inicia, Nathy de cara feia ignora completamente ela e conversa com outras meninas, verônica entra no assunto falando sobre as crianças do colégio. — Minhas crianças são tranquilas, claro que sempre tem um mais agitado que o o
Ju... Depois da minha discussão com sheik ontem decidi dormir com a lua, ela não estava bem então uni o útil ao agradável. Acordei cedo e lua já não estava mais com febre, hoje preferi não enviar ela para a escola, fui no meu quarto e sheik já não estava mais, Jr também não estava, provavelmente estava com dona Simone. Tomo um banho, pego meu telefone e marco com um pediatra amigo da minha mãe de vir aqui olhar lua. Desço as escadas a procura de sheik mas realmente ele não estava, só Jr e dona Simone mesmo. Resolvo ligar pra ele. “Oi, aconteceu alguma coisa?” Ele pergunta assim que atende o telefone. “Não, você saiu cedo hoje...” Questiono. Sheik nunca saía antes de falar comigo e hoje ele saiu, as coisas realmente não estavam boas. “ Tive que resolver uns problemas...” “Daqui a pouco um médico conhecido da família vai vir aqui, autoriza a entrada dele, ele vai dá uma olhada na lua pra mim.” “Ela não melhorou ainda?” “Não teve mais febre, mas ainda está caidinha e quero s
Fiquei um bom tempo no banheiro chorando e pensando em como eu fui burra de acabar com a minha vida, quer dizer... Eu só tenho 19 anos, tenho dois filhos e só tenho o ensino médio, não tenho uma profissão, não sei cozinhar, nem habilitação tenho, como vou conseguir sozinha? Lavo o rosto e decido viver um dia de cada vez, hoje eu curtiria meus filhos e depois penso no amanhã. Nosso dia foi mimando a Lua, colocamos nosso colchão na sala, colocamos o filme dela preferido e assistimos nos enchendo de muita pipoca, chocolate e refrigerante. Lua ria, comentava sobre o filme, tacava pipoca no pai que ria lindamente e fazia cócegas nela, lua gargalhava de felicidade e eu com um choro travado na garganta sabendo que essa seria a última vez da nossa família assim, sorria escondendo tal sentimento. Sheik me olha, dou um sorriso forçado pra ele, mas ele me conhece muito bem, sabe a força que estou fazendo para não desabar. — Socorro mamãe... Lua gritava rindo das cócegas que o pai ainda fazi
— Mãe, a senhora sabe onde está meu celular? Lua anda pela casa igual uma doida atrás do aparelho. — Não, você não deixou no seu quarto. Respondo enquanto brinco no tapete com Jr. — Já procurei lá, mas não achei... — Pera aí, vamos vê a localização dele. Pego meu celular e mexo em um app que baixei para rastrear o telefone dela, iríamos nos mudar então eu queria saber cada passo dela quando não estivesse ao meu lado. — Ué, aqui diz que está na rua 9... Você esqueceu no carro do seu pai? A rua nove era o escritório do pai dela, a boca principal. — Então foi quando ele me buscou na escola, pede ele pra trazer pra mim. Ligo para o sheik, mas ele não atende então resolvo ir buscar... Deixo as crianças com Simone e vou até a boca, mas quando viro a rua já vejo sheik sentado no capô do carro e verônica a sua frente conversando, eles não estavam agarrados, nem tão próximos, estavam conversando normal, como um conhecido, mas ele ria e aquilo me incomodou. Ela me olha, abre um sorr