O trajeto até em casa foi longo, sheik dirigia em silêncio, mas a sensação que eu tinha era que ele ia tacar o carro a qualquer momento em um poste. — Você transou com ele? Ele pergunta do nada. — Vamos conversar em casa, por favor? — VOCÊ TRANSOU COM ELE? Sheik grita e eu choro mais ainda balançando a cabeça afirmativamente. Sheik passa a marcha do carro e acelera mais ainda. Ele não diz nada, só vejo uma lágrima escorrer de seus olhos, ele entra no morro voado, mas ao invés de ir pra casa ele passa direto. Eu sei pra onde ele está me levando, estamos indo para a mata, mesmo lugar onde Breno foi morto pela polícia, ele ia me matar, tenho certeza. Chegamos em uma rua sem saída, dali em diante só dá pra ir a pé. — Desce! Ele manda eu desce também. — Sheik, eu
Sheik não voltou pra casa ontem, já era três da tarde e nada dele voltar pra casa, liguei pra Nick preocupada e ele disse que estava tudo bem com sheik, mas não me disse onde ele está e nem onde ele passou a noite. Sentei no sofá e fiquei mexendo no celular, fiquei stalkeando seus funcionários tentando saber aonde ele estava, mas ninguém postava nada. Lua entra em casa, ela tinha acabado de chegar da natação, ela me vê sentada no sofá e vem até mim. — O que tá acontecendo mãe? Você e papai brigaram? Ela senta ao meu lado e me abraça. — Tá tudo bem amor, tudo vai se resolver. Tento acalma-la. — Não está nada bem, mãe! Eu sei que papai não voltou pra casa e a senhora está chorando desde ontem. — Eu fiz uma coisa muito feia, muito errada e seu pai está chateado... Mas tudo vai se resolver com o tempo, não se preocupe, flor.
Eu sabia onde ficava esse inferninho, então assim que estaciono o carro em frente o lugar já abro a porta e sigo até o estabelecimento. O segurança do local me impede de entrar. — Infelizmente aqui só entra homens, senhora! Mulheres só as que trabalham aqui. Ele diz ficando em frente a porta. — Vim buscar meu marido! Digo o encarando de braços cruzados. — Sinto muito, senhora. Mas vai ter que esperar seu marido em casa e resolver esse problema lá. Nem me dei ao trabalho de falar quem era o meu marido. Dou as costas a ele e volto para o carro, abro o porta luva e mexo na bagunça que tem ali e como eu esperava logo acho uma arma. Eu não sei muito bem como manusear ela, mas aprendi algumas coisas vendo meu pai e sheik mexendo. Quando fecho a porta do carro e me preparo para voltar ao inferninho dou de cara
Whatsapp... — Como você está? — Hoje não muito bem. Respondo. — O que aconteceu desta vez? — A mesma coisa de sempre! “Jhu, abre essa porta! Meu pai grita do outro lado. — Não enche, pai! Grito. " Abre agora ou então vou arrombar! Reviro os olhos com tédio, mas me levanto e abro a porta." — Pronto, satisfeito? Digo e já dou logo as costas a ele, voltando para o meu celular. — Muito! Mantenha essa porta destrancada, ouviu! Respiro fundo e resolvo ignorar, fazendo ele resmungar algo que não prestei atenção e sair do meu quarto. — Ainda seu pai? — Como sempre! Ele pega no meu pé o tempo todo e eu já estou saturada. Volto a digitar bufando. — Falta pouco para você fazer 18 anos e se livrar dessa opressão! — Não vejo a hora, estou contando os dias. — Queria te encontrar... — No momento certo nos encontraremos, mas fala sobre você, como você está? Mudo de assunto e ele demora a digitar. Meu nome é... Bom, podem me chamar de Jhu, é assim que todos me chamam, tenho 17
Foram quatro horas tentando convencê-lo a me deixar na estrada, falei sobre o meu pai, sobre meu irmão, sobre meus padrinhos, mas ele não esboçava medo algum, era como se ele já soubesse quem eu era e já tivesse planejado tudo. Passamos por uma placa dizendo “Bem vindo a Penedo”, eu conhecia o local, já vim a passeio com meus pais em uma época em que eles eram felizes. Era uma cidade turística, conhecida como a Finlândia brasileira, eu só não entendia o por que ele estava me trazendo pra cá, já que aqui não era onde ele morava, pelo menos não foi o que ele me disse. — Meu Deus... Você mentiu pra mim?! Digo assustada. — Sobre o que? Sobre onde eu moro? Ele tem uma voz divertida e eu juro que a cada hora tenho mais pavor dele. — Marcell é pelo menos seu nome verdadeiro? Questiono. — Talvez sim, talvez não! Ele responde irônico. Paramos em frente a um conjunto de casas, casas simples. Era um corredor e passávamos por várias casas amarelas, uma grudada na outra e no final desse
Pegamos as sacolas e seguimos para a casa, a todo tempo ele olha pelo retrovisor. — Você ligou pra quem? Ele grita e eu acabo levando um susto. — Pra ninguém. Respondo gritando também e me arrependo na hora, por que sinto sua mão em cheio acertar minha boca que sangra na hora. — Fala direito comigo sua putinha mimada... Pra quem você ligou, porra! Ele grita mais uma vez. — Pro meu irmão, mas disquei o número errado no nervosismo. Digo chorando e tentando parar o sangramento. Assim que entramos em casa, Marcell já vai me jogando em cima do colchão. — Eu avisei, você não me ouviu... Marcell arranca o cinto que está prendendo suas calças e meus olhos se arregalam, sem demora já sinto a primeira cintada em minhas pernas. — Não grita! Ele diz enquanto me acerta outra e mais outra e mais outra... Estou encolhida no colchão, meu corpo está todo marcado, pernas, braços, minha boca está inchada e meu rosto tem marcas de sua mão. Marcell saiu de casa logo após me bater e não sei
Sheik...Isso não é justo Allan!Olho para Duda que está questionando o fato de eu ter dormido com tom tom (Antonella) essa noite. Eu morava com três mulheres, Eduarda(duda), Antonella e Isis...Conheci Antonella na adolescência, eu tinha 16 anos e ela 15, começamos a namorar e um ano depois ela engravidou. Foi um momento muito difícil pra gente, ela só tinha 16 anos e eu 17, não tínhamos como manter uma criança, mas eu tive que dá meu jeito, já que os pais dela não aceitaram a gravidez e colocaram ela pra fora de casa.Antonella veio morar na minha casa, mas eu não tinha pai e quem bancava a casa faxinando casa de gente rica do asfalto era minha coroa, um dia recebi a notícia que ela havia sofrido um acidente de trabalho, lavando a vidraça de um apartamento, ela se desequilibrou e caiu do 5° andar, morreu na hora. Foi uma época difícil, eu estava só, menor de idade, com uma outra menor grávida e tendo que arcar com as despesas da casa, eu não tive opção, fui até a boca e pedi um em
Pousamos em um heliporto a 5 minutos da casa que ela estava, roubamos dois carros e seguimos para o endereço. Passamos pelo pequeno corredor em silêncio, Estevão foi o que ficou no carro nos escoltando, eu sabia exatamente qual a casa que ela estava, por que os gritos dela dava pra ouvir da rua, o pior é que os vizinhos filhos da puta não faziam nada. Paro na frente da porta de onde vem os gritos e olhando para Nick e Breno faço gesto com a mão contando até três... 1...2...3 Arrombamos a porta e entramos já apontando a arma para o filho da puta que tem seu membro pra fora das calças e tenta colocar na boca da menina, que esta toda machucada e com a cabeça sangrando. O filho da puta tenta apontar a arma em nossa direção, mas assim que ouve o gatilho da minha arma joga a dele no chão e levanta os braços. — Quem... Quem são vocês? Ele pergunta gaguejando. — Seu pesadelo, filho da puta! Quero ele na minha comunidade e vivo! Digo já indo pegar Ju, que me olha com os olhos quase se