Elisa caminhou na ponta dos pés até a porta do quarto de Juan e Alana. Quando ouviu o som da água correndo lá dentro, o sorriso em seu rosto começou a se alargar. Era perfeito. Isso significava que, agora, na cozinha só poderia estar Juan.

Ao pensar nessa possibilidade, Elisa não conseguiu conter o sorriso que insistia em aparecer em seus lábios. Dirigiu-se até a cozinha e, como suspeitava, lá estava Juan, sozinho, ocupado com suas tarefas.

Elisa cerrou os punhos de leve, incapaz de esconder o ressentimento que sentia. "Aquela miserável da Alana! Comeu, bebeu, e agora está no banho, enquanto deixa Juan sozinho para fazer todo o trabalho. Claro, ela pode ficar relaxada, sem fazer nada."

Esse pensamento fez Elisa ferver de indignação. "Se fosse eu no lugar dela, nunca deixaria Juan fazer tudo sozinho. Nunca permitiria que ele fosse tratado dessa maneira." Afinal, aquelas mãos dele eram feitas para assinar grandes projetos, não para lavar pratos.

"Com o dinheiro que Juan movimenta, eu viv