LÚCIA
Não foi o som da tempestade que me acordou, mas os passos do macho bêbado que empurrou a porta do meu quarto.
O macho cheirava a bebida e seus olhos estavam injetados de fúria, suas roupas amassadas e seus cabelos desalinhados. Ele havia dormido no sofá na noite passado enquanto bebia sua última garrafa de uísque. Olhei para o despertador ao meu lado que havia me deixado na mão. Era para ele ter me acordado para que eu pudesse sair para trabalhar antes que ele me acordasse...
Meu pai segurava a garrafa vazia em sua mão e seus lábios se torceram em uma careta para mim.
— Dormindo ao invés de trabalhar? você não vale nada assim como sua mãe! — ele cuspiu as palavras e para meu horror, jogou a garrafa vazia contra mim.
Não consegui me desviar a tempo e a garrafa bateu contra a minha testa, o sangue escorrendo imediatamente.
Eu o odeio, ele não pode ser chamado de pai! Cibele, minha loba rosnou em minha mente e começou a tentar me curar.
Meu pai tentou avançar contra mim, mas corri d