Luiza ficou comovida por muito tempo.
Realmente, não era de admirar que ela fosse apaixonada por ele.
Embora ele sempre se mostrasse frio, com o rosto fechado, afirmando que a odiava, que ela precisava se redimir, nunca a agrediu nem a insultou.
De vez em quando, ainda lhe trazia presentes do exterior.
Ele possuía um caráter íntegro.
Por isso, Luiza sempre aguardava ansiosamente pelo seu retorno.
Mesmo quando ele a repreendia severamente, a expulsando com ferocidade do escritório, isso a deixava feliz por muito tempo.
Ela gostava de provocá-lo, buscando sua presença dizendo "senhor, senhor" como uma borboleta colorida e alegre.
Era uma pena que o homem que ela desejava amar por toda a vida tivesse outra pessoa em seu coração.
Pensando nisso, Luiza sentiu seus olhos se encherem de lágrimas novamente.
Miguel percebeu e a abraçou gentilmente, perguntando com suavidade:
- Por que você está chorando novamente?
- É só que me sinto injustiçada, Miguel, você não pode me deixar, está bem? - E