Luiza foi até lá e segurou a mão do Sr. Souza.
Sr. Souza disse, com um tom zombeteiro:
- Lulu, aquelas mulheres sem-vergonha estão dilapidando o dinheiro do seu marido. Você precisa se afirmar, enviar notificações judiciais quando necessário e recuperar o que é seu. Metade desse patrimônio lhe pertence; se você não tem um advogado, converse com o vovô, eu arranjo um para você.
O rosto de Clara empalideceu, assumindo a cor de um fantasma, e seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar.
Sr. Souza a ignorou e disse para Luiza:
- Vamos ao seu escritório para conversarmos. Não permita que essas pessoas insignificantes afetem seu ânimo.
- Claro. - Luiza, apoiando o Sr. Souza, subiu com ele. - Vovô, tenha cuidado com as escadas.
Tendo 80 anos, Luiza temia que ele pudesse cair.
No entanto, Sr. Souza caminhou com segurança, apoiado por ela até o escritório.
Clara, vindo lá de baixo, correu até eles e, com os olhos vermelhos de chorar, se ajoelhou diante do Sr. Souza:
- Sr. Souza, estou grávida