A noite passou assim.
No dia seguinte, Miguel acordou, mas Luiza não estava mais lá, embora o perfume dela ainda parecesse impregnado nos lençóis.
Ele deu uma leve cheirada e se sentiu um pouco melhor. Então, percebeu que havia um terno cuidadosamente dobrado sobre o sofá ao lado da cama.
Era uma roupa que ela havia preparado para ele.
Miguel sorriu de canto e se levantou para lavar o rosto. Vestiu o terno e desceu.
Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu a voz de Ângela vinda da cozinha:
— Senhora, os cogumelos devem ser fritos primeiro pelo lado de fora, depois pelo lado côncavo, assim o suco não escapa.
— Entendi. — Respondeu Luiza, aprendendo com atenção.
Ângela perguntou:
— A senhora está aprendendo a cozinhar para o senhor?
— Você não sabe? Ele não gosta de comer verduras, então tenho que pensar em todos os jeitos possíveis para fazê-lo comer. — Enquanto falava, Luiza colocou alguns aspargos na frigideira. — Vou fazer ele comer isso mais tarde.
Ângela riu:
— A senhora se preocu