Plaf!
Um som seco e ambos pararam, sem mais nenhum movimento.
Luiza, ofegante, ajeitou a roupa e correu para fora.
...
Não demorou muito, Miguel desceu as escadas e saiu da Mansão Jardim em seu carro.
Luiza ainda estava imóvel na varanda. Ela havia saído correndo do quarto, sem saber para onde ir, e ficou parada ali o tempo todo.
O vento frio passava por entre suas roupas, trazendo uma sensação indescritível de gelidez.
O celular tocou novamente.
Luiza atendeu, e era a voz de Helena.
— Luiza, ouvi minha irmã dizer que você voltou para Valenciana do Rio?
Ao ouvir a voz dela, o olhar de Luiza se obscureceu.
Aquele momento tinha finalmente chegado.
Voltar para Valenciana do Rio significava que ela sabia que não poderia fugir de nenhuma das tempestades que viriam.
— Tenho algumas palavras para você. — A voz de Helena soava fraca, carregada de um tom pesado e cansado. — Luiza, não tenho muito tempo de vida, então vou ser direta. Eu gostaria que você deixasse meu filho Miguel, estou te implo