POV Zayden
Eu não queria admitir, mas as palavras dela ficaram batendo no meu crânio como martelo: ritmadas, irritantes, impossíveis de ignorar.
"Sua amante está sozinha num quarto de hospital." "Vai cuidar dela. Se sobrar tempo, cuida da sua consciência."
Merda.
O estacionamento tinha ficado pequeno demais depois que Lianna fechou a porta do carro e foi embora. O som do motor dela se afastando soou como uma acusação. E, pela primeira vez em muito tempo, eu me senti… exposto.
Camille. Eu realmente a deixei sozinha?
Passei a mão pelos cabelos, irritado, e entrei no elevador. Não era culpa minha. Não totalmente. Ela tinha médicos. Enfermeiras. Uma equipe inteira. Mas Lianna tinha dito aquilo com tanta convicção que parecia verdade absoluta.
Droga.
Quando entrei no corredor da ala pós-operatória, encontrei Camille recostada na cama, os olhos cansados demais para alguém que sempre teve energia.
Ela virou o rosto quando me viu.
— Pensei que você não vinha. — disse, a voz fraca, mas carrega