André assentiu sem hesitar:
— Claro que sim, eu sempre mantenho contato com a Júlia, por quê?
Bruno estreitou os olhos, como se pudesse enxergar até a alma dele:
— Eu sei o que você quer saber. Seja o fato do André ainda falar com a Júlia ou de eu ter decidido ajudar hoje, você tem dúvida se nossa consideração por ela é por causa da sua ligação com ela ou porque realmente nos importamos com a Júlia em si.
Bruno fez uma pausa, observando a reação de Rafael:
— Posso responder com certeza: é pela Júlia. Não tem nada a ver com você. O André também deve pensar o mesmo.
Rafael franziu a testa:
— Por quê?
Bruno soltou uma risada rápida:
— Entre as pessoas, tudo é uma questão de troca, não é? A gente interage, cria uma história. Você acha que a Júlia passou esses seis anos com você como um fantasma? Nós nos encontramos ao menos duas ou três vezes por mês, e tivemos várias oportunidades de conviver com ela. Só para lembrar, André, se não me falha a memória, a Júlia já te ajudou a arruma