Júlia sentiu um aperto no peito, mas compreendia Larissa. Para ela, o que sempre veio em primeiro lugar foi a ciência, a pesquisa.
O que importava não era a extensão de sua vida, mas a profundidade do oceano da ciência que ela explorava. Talvez nunca chegasse ao fundo, talvez se esgotasse no caminho, mas isso não importava. Ela estava disposta a repousar para sempre nesse mar de conhecimento, transformando-se em uma luz que guiaria os que viessem depois, iluminando seus passos.
— Por que você está quase chorando de novo? — Suspirou Larissa, já antecipando a cena.
Júlia fungou, tentando disfarçar:
— Quem está chorando? Eu é que não estou.
— Ah, claro, você não está chorando. — Larissa riu.
— Deixa eu fazer uma massagem nas suas pernas... — Disse Júlia, compreendendo a teimosia e a determinação de Larissa, sem insistir mais para que ela fosse ao hospital. Em vez disso, sentou-se e começou a massagear suavemente as pernas da professora.
Logo, Larissa sentiu um alívio significativo:
— Esse