Júlia acabou claramente de acordar. Ela estava de pijama com estampa de ursinhos, com os olhos um pouco avermelhados.
Ela deu um bocejo, ainda meio devagar, reagindo mais lenta que o normal.
José perguntou com preocupado:
— Te acordei?
O prédio era antigo e as paredes deixavam passar sons de passos no corredor mesmo com a porta fechada. Ele achava que tinha feito barulho e a despertado.
Júlia esfregou os olhos e balançou a cabeça:
— Eu já estava para acordar. Já são seis e meia.
Ela teria que sair com a mãe de Patrícia, Lívia Cunha, mais tarde para fazer compras, então acordou mais cedo para ler artigos e buscar referências para a pesquisa.
Notando o estado sonolento dela, José abaixou o tom da voz:
— Ainda está cedo, você pode descansar mais um pouco.
Antes mesmo de terminar a frase, percebeu que Júlia o olhava atentamente. Ele parou e perguntou:
— Por que está me olhando assim?
Júlia respondeu:
— Você está resfriado, né?
Ele soltou uma risadinha desconcertada:
— Ah, não acreditava qu