— Jú... Sinto tanta saudade de você... Volta, por favor?
A única resposta que Rafael recebeu foi a escuridão da sala e o vento frio e impiedoso que assobiava do lado de fora da janela.
...
No dia seguinte, Júlia acordou bem cedo. Lavou o rosto, fez o café da manhã, arrumou-se e se preparou para sair em direção ao laboratório. Ao fechar a porta, percebeu que havia uma sacola pendurada na maçaneta, com um tubo de pomada antialérgica para rinite.
Era justamente a marca que ela estava acostumada a usar.
Ela olhou em volta. Quem teria deixado aquilo?
De repente, seu olhar se fixou na porta do apartamento em frente. Júlia observou a pomada em suas mãos e, curiosa, examinou melhor a sacola.
Estava prestes a bater na porta e perguntar a José se ele era o responsável quando, de repente, a porta foi aberta com um puxão.
José surgiu com um semblante sério e, ao vê-la, parou por um instante.
Júlia percebeu a expressão preocupada do homem e perguntou:
— O que aconteceu?
José, sem rodeios, respondeu