Júlia balançou o esfregão e continuou avançando em direção a Laura.
Laura protegeu a cabeça e saiu correndo, já na porta, ainda gritou:
— Isso não vai ficar assim!
Ela apontou para a casa de Júlia:
— Essas suas malditas flores, aquelas trepadeiras horríveis que invadem meu quintal! Amanhã eu vou queimá-las todas! Não quero mais olhar para elas!
Dizendo isso, ela correu porta afora, já que Júlia, com esfregão em punho, ia atrás dela.
Júlia abaixou o esfregão e suspirou aliviada, mas ao se virar, viu a expressão pesada no rosto de Gustavo. Seu coração deu um salto.
Depois de alguns segundos, ela falou baixinho:
— Pai… desculpa, eu…
— Quem te ensinou a fazer isso?
— O quê?
— Isso aí… esse ato de balançar a vassoura…
Ele imitou o gesto que ela havia feito.
Júlia ficou sem palavras.
Gustavo tossiu:
— Uma moça deve ser mais tranquila, comportada. Não pode agir como uma barraqueira.
Júlia se aproximou, abraçando-o pelo braço:
— Pai, fala a verdade… não é bom descarregar a raiva?
Ele responde