A fala é de Paula Batista, a segunda tia de Júlia, trabalhava na Companhia de Energia. Ela era funcionária pública, sem muito estresse no dia a dia; por isso, estava mais relaxada e com alguns quilos a mais.
Hoje, ela estava usando um suéter verde brilhante, com o cabelo curto enrolado em cachos volumosos, parecendo uma árvore de Natal robusta.
— O que é isso? Não sabe falar? — Henrique Ferreira, o segundo tio, deu um puxão em sua esposa.
Ao contrário da aparência mais ‘cheia’ de Paula, Henrique era alto e magro, vestia um suéter bege com calça social, e seu cabelo estava penteado para trás com gel, brilhando.
Apesar de estar na casa dos cinquenta, não havia sinais visíveis da idade em seu rosto, e ele ainda podia ser descrito como charmoso.
Os irmãos Ferreira tinham bons genes. Gustavo e seus dois irmãos eram todos bem atraentes.
Sendo puxada pelo marido, Paula fez uma careta:
— O que foi…? Eu não falei nada de errado. Faz anos que a Júlia não passa o ano novo com a gente. Como tia, t