Lily acordou naquela manhã de outono em Londres com a sensação de que algo estava para mudar. A cobertura ainda guardava o cheiro do café fresco que ela havia preparado para si mesma antes de começar a revisar suas anotações para a entrevista final da pós-graduação.
Já não esperava nenhuma resposta imediata — a universidade havia dito que levaria algum tempo para enviar as cartas — mas, quando o interfone soou e o atendente no lounge do hotel avisou sobre uma correspondência registrada, seu coração acelerou.
"Uma carta para a senhorita Liana Thomaz, vinda da University of Cambridge" disse a voz ao telefone.
Lily quase deixou a caneca cair. Apressada, calçou as pantufas e desceu para buscar o envelope. Suas mãos tremiam enquanto rasgava o lacre oficial. A leitura das primeiras linhas já foi suficiente para que um grito escapasse de sua garganta:
"Eu consegui!" Ela sorriu para os funcionários da recepção, que já a conheciam como a namorada do chefe sorriram de volta em incentivo.
Pegou