Gabrielle Goldman
E então, foi impossível conter a gargalhada que escapou da minha garganta, alta e cortante, como um estalo seco em uma sala silenciosa. Não era riso de humor. Era incredulidade. Uma gargalhada amarga que carregava meu desprezo, minha raiva e, acima de tudo, minha repulsa.
— Só pode estar brincando comigo — murmurei, mais para mim mesma do que para ele, balançando a cabeça devagar, tentando assimilar a ousadia absurda daquela proposta.
Mas ele não sorriu. Nem vacilou.
— Estou falando sério — declarou, com os olhos fixos nos meus — Sou um homem direto. Eu sei o que quero. Não estou interessado em flores, jantares românticos ou essa farsa emocional que você tem com o Gadreel. — Fez uma pausa, umedecendo os lábios, antes de lançar