Mundo ficciónIniciar sesiónGabrielle Goldman
Como se o resto não importasse. Porque ele já havia me dado tudo: a escolha, a consciência... e a dor. Fiquei ali, paralisada, presa no aperto dos braços dele, no calor do seu corpo, no cheiro da sua pele, no gosto invisível que ele deixava em mim mesmo sem me tocar. E tudo isso... tudo isso se cravou em mim como um lembrete sufocante daquilo que eu me recusava a aceitar.
Eu era a constante. O fio invisível entre cada abandono, cada traição, cada decepção. Fui eu quem afastou os bons por medo de não ser suficiente. Fui eu quem seduziu os piores por saber que jamais exigiriam o que eu não queria entregar. Fui eu quem moldou meus monstros, fui eu quem os alimentou, dia após dia, com minha raiva, meu orgulho, minha fuga. A raiva que eu achava sentir por eles... agora queimava contra mim mesma. Como se eu tive







