CAPÍTULO 8 — SUSSURROS DA CASA

A mansão parecia outra depois da visita de Isabella. O silêncio que antes era apenas frio agora tinha camadas — tensão, lembranças, ecos de algo não dito.

Depois do jantar, Luna levou Elias até o quarto dele. A claridade suave da luminária azul deixava o ambiente tranquilo. O menino caminhou até a cama, mas não se deitou. Ficou parado, segurando o carrinho quebrado entre os dedos.

Luna se aproximou devagar.

— Posso consertar isso para você — murmurou.

Ele hesitou. Depois entregou o carrinho.

Aquele gesto, pequeno e silencioso, foi mais um voto de confiança.

Ela se sentou no tapete e começou a encaixar as peças. O menino observava cada movimento.

Ele era atento.

Muito atento.

Um observador silencioso do mundo que o machucara.

— Sabe… — ela disse, sem esperar resposta. — Às vezes, quando eu era criança e ficava com medo, eu tentava respirar bem devagar. Como se o ar fosse uma onda me abraçando.

Elias piscou.

— Quer tentar comigo?

Nenhum movimento.

Mas ele se sentou no chão.

Luna respiro
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