Ela largou a colher de vez e passou a mão pelos olhos marejados.
— E quando achei que nada podia machucar mais… — Olívia respirou com dificuldade — eu fui até o quarto dele querendo brigar. Aí peguei o celular dele e vi notificações de mensagem da Bárbara… e de uma tal de “Princesa”, dizendo que também o ama muito.
Ísis inclinou levemente o corpo para a frente, atenta.
— E ele disse “amo” pra outra… — murmurou Olívia, enxugando as lágrimas que começaram a escorrer. — Porque… pela mensagem dela, ele mandou dizendo que a ama muito. E aí eu pensei: o problema realmente sou eu.
O silêncio que veio depois dessa frase pareceu vivo, pulsante, carregado de dor.
Ísis levou alguns segundos antes de dizer algo.
— Olívia… — começou devagar — …você foi usada emocionalmente. Mais de uma vez. Mas… — respirou fundo — …a parte em que você ainda quer entender ele é exatamente a parte que mostra que você está machucada… e presa num ponto entre sentir e negar que sente.
Olívia desviou os olhos para a tig