— Eu não acho que você seja sujo.
Vitória ficou sem palavras.
Ângelo a deixou na casa da família Neves.
— Eu moro na casa ao lado. Se precisar de qualquer coisa, é só me procurar. — Ângelo apontou para a mansão vizinha.
— E por que eu iria te procurar?
Ela realmente não tinha tempo para isso.
— Para o que quiser. Estou à sua disposição.
Vitória ignorou o comentário, abriu a porta do carro e desceu.
Ângelo não foi embora imediatamente. Ele pegou um cigarro do maço, colocou na boca e acendeu, tragando profundamente.
Nem a nicotina era capaz de acalmar o desejo que sentia por ela.
Quando Sophia voltou do instituto da Cidade J, viu Ângelo sentado no carro esportivo, fumando.
Bastou aquele olhar para que o coração de Sophia acelerasse, sem que pudesse controlar.
Sem pensar muito, estacionou seu carro ao lado do dele, abriu a porta e foi até ele.
— Você se lembra de mim?
Ângelo virou-se para olhá-la.
— Quem é?
Sophia não esperava essa resposta. Eles já haviam se encon