Capítulo 137
James Bellerose
As letras diante dos meus olhos pareciam dançar, embaralhadas pela confusão da minha mente.
Mas não havia como fugir delas.
Resultado: negativo.
Por um instante, fiquei imóvel, tentando convencer meu coração de que estava lendo errado. Pisquei algumas vezes, buscando ar, mas o ar parecia pesado demais para entrar nos meus pulmões.
Louise tapou a boca com as mãos, o olhar perdido, como se o chão tivesse desaparecido sob os nossos pés.
Nenhum de nós disse nada por longos segundos.
Só o som do relógio, o vento lá fora e o ruído distante da casa dormindo.
— James... — a voz dela saiu fraca, trêmula, como um sussurro que doía. — Não... não pode ser...
Abaixei os olhos novamente.
Estava ali, preto no branco.
Neto não era meu filho biológico.
Fechei os olhos, e um nó subiu pela garganta. As lembranças vieram como uma enxurrada: o primeiro choro, o dia em que ele deu os primeiros passos, o sorriso torto quando aprendeu a andar de bicicleta, as noites em que ele do