VIRGÍNIA
Depois que o médico lhe deu alta, Virgínia e Fred voltaram para casa. Em silêncio. A tensão entre os dois poderia ser cortada com uma faca. A mulher não queria forçá-lo a participar da criação do filho deles. Ela entendia que tudo começou errado e se Fred queria ficar longe, sem se envolver, ela aceitaria, por mais que aquilo doesse nela.
Ele estacionou o carro na garagem da casa e os dois desceram. Logo Diego veio ao encontro deles, preocupado.
- Eu senti saudades.
Fred abraçou o garoto e o colocou no colo. Amava tanto aquele garotinho que não sabia se era possível amar mais outro garotinho daquele, seu filho… com os cabelos dele e os olhos da mãe…
- Tia, você está doente?
- Não, querido. Foi só um mal-estar. Já passou.
Ela sorriu, mas era perceptível que estava fraca, os olhos cheios de olheiras, a pele pálida e o sorriso triste.
- Você já tomou café? – perguntou ao sobrinho.
- Não, tio.
- Então, vamos. - ele disse ao menino – E você também. - falou para a esposa.
Os três e