VIRGÍNIA
Aquela dor era infernal, sabia que o parto era dolorido, mas não imaginava o quanto. Fred continuava sentado na cadeira, olhando para ela com os olhos arregalados.
O homem estava em estado de choque, mas era ela quem estava sentindo dor.
- Fred. - suspirou – Fred, chegou a hora. O bebê vai nascer.
- Não é cedo? Eu provoquei isso? Não deveria ter feito nada...
Ela olhou para o marido, que parecia apavorado.
- Eu estou com quarenta semanas, Fred. Já está quase passando da hora. - uma contração forte chegou e ela deu um grito – Se não nos apressarmos, não conseguiremos chegar no hospital a tempo.
Fred então levantou e a colocou nos braços, ele parecia fazer as coisas no modo automático e, se não estivesse tão possuída pela dor, poderia até rir da cara do pobre coitado.
Foram até o carro e ele ajudou a esposa a se acomodar no veículo, antes que ele pudesse sair, Virgínia puxou o homem pela camisa.
- Fred, nós vamos ser pais, hoje.- disse, um pouco apavorada.
E se não soubesse cu