Mundo de ficçãoIniciar sessãoAina é uma jovem recém-formada em zoologia pela Universidade de Nairóbi, no Quênia. Ela está a procura de um curso que enriqueça seu currículo para conseguir trabalho em um centro de preservação da vida na savana e ajudar na reabilitação de espécies ameaçadas. Enquanto fazia seu turno como caixa na mercearia da família, Aina vê um homem estranho e misterioso que lhe entrega um panfleto sobre um curso de sobrevivência na selva. Sentindo-se tentada, a jovem faz a matrícula, mas ao chegar lá acaba descobrindo que será a única aluna da turma. Agora, Aina terá que passar quinze dias na savana africana na companhia de um homem desconhecido e intrigante, capaz de despertar seus desejos mais intensos apenas com um simples olhar.
Ler maisBruno5 meses depois...Tirei a camiseta branca que eu vestia e a pendurei na cadeira livre que havia ao meu lado. Era fim de tarde, mas estava quente como se fosse meio dia. Coloquei minha câmera em cima da mesa da cozinha onde eu trabalhava, conectei seu cabo no notebook e esperei pacientemente pela transferência dos arquivos da filmagem que fiz mais cedo— eu estava monitorando a migração dos antílopes em busca de água desde o começo da estação seca e precisava enviar alguns vídeos para o editor analisar.Olhando para o relógio esportivo que estava em meu pulso, notei que faltavam dez minutos para as cinco da tarde
BrunoFiquei extremamente aflito, enquanto esperava Aina pegar o seu diploma dentro do carro. Os pais dela me encaravam de cima a baixo sem se preocuparem em disfarçar e eu não fazia ideia de como reagir.Devo puxar algum assunto ou permanecer em silêncio?— O carro é seu? — o pai de Aina perguntou, voltando seu olhar para o jeep que estava estacionado há alguns metros.— Sim — respondi. Eu estava fazendo um esforço sobre-humano para não deixar que o nervosismo ficasse nítido em minha voz. Receber a aprovação dos pais de Aina era algo muito importante para mim e eu não queria que tivessem nenhuma im
AinaQuando entrei no quarto 91, percebi com alívio que Bruno já estava acordado. Ele se encontrava sentado na cama, com um travesseiro enorme apoiado em suas costas, enquanto assistia TV. Ao perceber que eu estava ali, seu rosto se iluminou com um sorriso que aqueceu o meu coração. Não pensei duas vezes. Corri até a cama e me inclinei para abraçá-lo. Depositei um beijo suave em seus lábios e logo me afastei para analisa-lo melhor. Parecia que tudo estava bem, a não ser a mão onde ele foi picado, que agora se encontrava enfaixada.— Como você está, Bruno? — perguntei, com a voz trêmula. Eu ainda chorava, mas agora era de alívio e alegria por vê-lo acordado.— Ficarei melhor se me der outro beijo. — Ele sorriu maliciosamente.
AinaQuando estacionei na porta do hospital, desci do veículo em prantos, enquanto gritava por ajuda. Eu mal conseguia andar e fui amparada por uma das enfermeiras enquanto os paramédicos de emergência tiravam Bruno do veículo e o colocavam em uma maca.— Vocês precisam ajuda-lo... ele não pode morrer! — implorei, para um dos homens que levavam a maca para dentro do hospital.Meu desespero aumentou quando colocaram um balão de oxigênio em Bruno e outra enfermeira começou a medir sua pressão arterial. Ela fez uma careta e lançou um olhar estranho para o médico que se aproximava. O senhor de cabelos grisalhos veio ao meu encontro e perguntou calmamente o que havia acontecido. Dei um breve relato, torcendo para que ele entendesse a minha explicação, apesar dos soluços causados pelo choro. Depois d
AinaA manhã estava quente. Bruno e eu paramos em baixo de uma árvore, no meio de um pasto de grama ressecada, onde conseguimos um pouco de sombra para descansar. Mais cedo, deixamos o jeep na beira da estrada e percorremos um longo caminho a pé para observar alguns antílopes. Agora, estávamos voltando até o carro para buscar o nosso almoço.— É impressão minha, ou a estrada parece mais distante do que eu me lembro? — perguntei, ofegante pelos quilômetros de caminhada sob o sol quente.— Já posso ver o jeep daqui. Não estamos muito longe — Bruno respondeu enquanto tirava a mochila preta que carregava em suas costas e a colocava no chão de grama ressecada. Lá dentro tinha uma garrafa d'água, um binóculo e a nova
AinaCerca de cinquenta horas depois, Bruno estacionou o jeep em frente ao chalé e um sentimento de nostalgia me atingiu. Parecia que ficamos fora por meses e não apenas alguns dias.Assim que desci do veículo senti o vento abafado que soprava por ali. Já estávamos no fim da tarde e o sol começava a se pôr. Corri para abrir a porta do chalé e esperei na entrada, enquanto Bruno retirava a nossa bagagem do porta malas. Quando ele se aproximou, me coloquei na ponta dos pés para lhe dar um beijo na bochecha que o fez sorrir.— Está feliz por voltar para casa? — perguntou, enquanto cruzava o batente da porta.— Estou, mas... aqui não é a mi





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