PIETRO
Tabata abraçou-me outra vez, e chorou um pouco mais.
Claro que ela fiaria iludida com qualquer um que a trate um pouco melhor, o quanto sofreu, o quanto foi humilhada.
-Tabata, quero ajudá-la. Porém, quero deixar algo muito claro aqui.
— Pode falar.
— Não sou apaixonado por você. Não gosto de você como namorada, não penso em namorar você. Quero ser apenas o seu amigo, ser um segundo irmão. Por favor, não quero iludir-te que isso entre nos possa virar algo além da amizade.
— Eu entendo, demorei a perceber que você é legal, simpático, educado, um príncipe, com todas as meninas da escola.
— Acho que terei que começar a ser chato com as meninas, para não ter mais confusão na minha vida.
— Não faça isso, precisamos de um cavalheiro para nós salvar, mesmo que seja de nós mesmas.
— Então vamos lá. Primeiro, você precisa de ajuda de um profissional.
— Não consigo falar com os meus pais sobre isso, como poderei procurar um profissional?
— Com os seus pais, eu posso estar junto. Conversa