Giovanna
… não há muito o que fazer agora, não é?
… O meu bebê já está no forninho.
— Não há muito o que fazer — repito baixinho, diante de um espelho embaçado do banheiro, enquanto levo a minha mão para o meu ventre.
Em algumas horas estaremos sentados a uma mesa de um restaurando, contando essa novidade para Virna. Penso e suspiro. Algumas lembranças no quarto da clínica me absorvem. Ele ficou feliz. Penso, sentindo as batidas do meu coração me aquecer. Seus olhos brilharam em expectativas com essa gravidez inesperada, enquanto eu me tremia por dentro, achando que ele jamais iria querer um bebê nessa relação de mentira.
Me pego abrindo um pequeno sorriso.
— Eu vou ter uma família — sibilo para a minha imagem no espelho, sentindo-me agitada por dentro. Um frenesi de felicidade que eu jamais pensei sentir depois de tantos acontecimentos desastrosos. Contudo, engulo em seco quando um pensamento preenche a minha alm