Giovanna
Na manhã seguinte…
Abro os meus olhos pesados de sono e percebo que o dia já amanheceu. Sem muita vontade, me sento no meio da cama e olho para as fotos e arquivos espalhados pelo chão. Algumas páginas estão amassadas e rasgadas. Me lembro dos meus gritos, do choro alto. Como consegui me enganar por tanto tempo? Como aceitei tudo sem questioná-lo um só momento? Arturo não era nem de longe o herói que construí dentro da minha cabeça. E eu arrisquei tudo. Até a minha própria vida para vingar a sua morte.
A porta do quarto se abre e um brutamontes passa por ela segurando uma bandeja com comida. Ele a larga em cima de uma mesa velha de madeira e sai, fechando a porta outra vez. O cheiro do café embrulha o meu estômago. E mesmo olhando para o pão de queijo e uma fatia de bolo, não sinto fome. Portanto, volto a me deit