Andreas
Albertina se interrompe assim que adentro a sala e encontro a minha sogra ocupando uma cadeira na ponta da mesa. Nossos se encontram. Os meus frios e imponentes. Os dela atrevidos e especulativos.
— Papai?! — A voz animada de Virna quebra a nossa conexão e no mesmo instante vou até a minha garotinha para beijar os seus cabelos.
— Oi, Docinho! — Minha voz tem um tom especial para ela agora. É suave e desprovida de qualquer dor ou rancor. Virna é o meu tudo. Ela é a luz que me liberta das minhas trevas só de estar assim perto dela. — Senti saudades.
— Eu também senti a sua falta, papai. — Sorrio e resolvo puxar uma cadeira na outra ponta da mesa de onde tenho a visão imposta da minha sogra.
— Elma! — A cumprimento.
— Andreas! — Ela devolve com igual frieza.
— Eu não estava esperando a sua visita