Christopher.
— Papaiii... é você mesmo? — A vozinha de Ruth tremia, oscilando entre surpresa e alegria. Seus olhos azuis, idênticos aos de Âmbar, agora brilhavam com lágrimas prestes a cair. Era como se ela buscasse, no fundo dos meus olhos, uma confirmação de que eu era real.
Por um momento, senti que o mundo inteiro havia parado. Aquele instante, tão frágil e poderoso, parecia conter todas as emoções que eu sequer sabia que existiam. Sem dizer uma palavra, continuei abraçando-a com força, como se aquele gesto fosse suficiente para preencher o vazio de todos os anos em que estivemos separados. Queria gravar cada detalhe daquele momento na minha alma, como uma tatuagem eterna.
O ambiente ao nosso redor parecia se dissolver, mas a sala permanecia como um testemunho silencioso do reencontro. O cômodo, decorado com certo luxo, mas de forma acolhedora, refletia o cuidado de Âmbar em transformar aquele espaço em um lar repleto de amor e paz. Almofadas de cores suaves adornavam o sofá branc