Âmbar.
A primeira semana depois do meu sequestro foi a pior.
As luzes me incomodavam. O toque me irritava. À noite, o sono vinha em pedaços, interrompido por imagens que meu corpo lembrava antes que minha mente pudesse impedir. O cheiro da fita adesiva na minha boca. O som da arma sendo engatilhada. A risada doentia dele. Tudo ainda estava presente demais para que eu fingisse que tinha passado.
Christopher ficou o tempo todo ao meu lado, mas nunca forçou nada. Ele não me perguntava como eu me sentia. Não me pedia que reagisse. Só estava ali, com silêncio, chá quente e abraços quando eu precisava. Às vezes, só sua respiração perto de mim era o suficiente para manter os cacos no lugar.
Ruth desenhava o tempo todo. Me entregava corações, flores e até desenhos do nosso casamento. "Para quando você melhorar, mamãe", dizia. Eu sorria, mesmo quando doía.
Na segunda semana, saí de casa pela primeira vez. Fui até a nova Luxury. Bruce me recebeu com cuidado e respeito. O lugar ainda cheirava a